A minissérie é baseada em Toda Luz Que Não Podemos Ver (DOERR, Anthony -
Intrínsica, 2015), ainda que numa "outra" história.
O início é maçante, demora pegar. Se resistir à sonolência inicial
descobrirá uma verdadeira jóia. Há pontas soltas sobre os passados dos
personagens - de onde vem a cegueira da menina? E a orfandade do menino?
Termina com a caricatura de americanos salvadores de qualquer pátria... O
final, um tanto clichê - heroísmo, corre-corre, beijo.
Destaque: Os personagens. (O rádio é o principal - recebe grande
homenagem). Mia Lobert (Marie-Laure) dá verdadeiro show – é deficiente na real,
interpreta de forma natural. Louis Hofmann (pra sempre Dark), o Werner,
contrasta com nazistas raivosos. Hugh Laurie (pra sempre Dr. House), se sai bem
como um traumatizado professor. As interações são excelentes - exceto Mark
Ruffalo como um pai amoroso, mas sem graça.
Contudo, seus defeitos não comprometem uma belíssima história em 3 capítulos! A música, o roteiro, a fotografia (!!!) exalam sensibilidade e esperança em meio ao caos: “Nós temos dois olhos e você, dez dedos." By Geraldinho Farias