Relacionamentos conjugais podem terminar. Concordemos ou não. Aceitemos
ou não. De forma prematura ou tardia. A multidão dos que decidiram
terminar|separar é crescente - muitas vezes como um ato de sobrevivência.
Os motivos são diversos. Compreensíveis ou não. O mais comum é que achemos as relações reabilitáveis - e muitas vezes são, ou, com mediações responsáveis ciclos possam ser renovados - também verdade.
Mas... Conjugalidades terminam. É um fato. E, aqueles(as) que devem
recomeçar tem de lidar com desafios hercúlios:
Um luto pelo fim - muitas vezes com resistentes cicatrizes
O retrocesso (quase inevitável) à casa dos pais
A gestão - ou disputa - do(s) filho(s)
Alguma culpa - por expectativas, decisões erradas
Se, sob conflito bélico - ou alienação parental - a adaptação é mais
danosa
E muitos(as) terão de lidar com os invasores, inconvenientes e fofoqueiros
O medo de novas decisões
A dupla - às vezes, tripla jornada
Recomeçar não é fácil. Há receios, medos, insegurança.
Ainda há preconceito. E perigos da aproximação de oportunistas
Não bastasse esses desafios, ainda há os que sonegam acolhimento, inflam
culpas e fecham portas.
Que haja amizades de suporte e escutas: Recomeçar é possível.
(Negar que conjugalidades terminem não deve se impor à empatia e
solidariedade para com os que precisam de re-construção).
(Arte: Pródigo - Guercino, 1654) By Geraldinho Farias
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