segunda-feira, 3 de maio de 2021

UM OUTRO LUTO

Relacionamentos conjugais podem terminar. Concordemos ou não. Aceitemos ou não. De forma prematura ou tardia. A multidão dos que decidiram terminar|separar é crescente - muitas vezes como um ato de sobrevivência.

Os motivos são diversos. Compreensíveis ou não. O mais comum é que achemos as relações reabilitáveis - e muitas vezes são, ou, com mediações responsáveis ciclos possam ser renovados - também verdade.

Mas... Conjugalidades terminam. É um fato. E, aqueles(as) que devem recomeçar tem de lidar com desafios hercúlios:

Um luto pelo fim - muitas vezes com resistentes cicatrizes

O retrocesso (quase inevitável) à casa dos pais

A gestão - ou disputa - do(s) filho(s)

Alguma culpa - por expectativas, decisões erradas

Se, sob conflito bélico - ou alienação parental - a adaptação é mais danosa

E muitos(as) terão de lidar com os invasores, inconvenientes e fofoqueiros

O medo de novas decisões

A dupla - às vezes, tripla jornada

Recomeçar não é fácil. Há receios, medos, insegurança.

Ainda há preconceito. E perigos da aproximação de oportunistas

Não bastasse esses desafios, ainda há os que sonegam acolhimento, inflam culpas e fecham portas.

Que haja amizades de suporte e escutas: Recomeçar é possível.

(Negar que conjugalidades terminem não deve se impor à empatia e solidariedade para com os que precisam de re-construção).

(Arte: Pródigo - Guercino, 1654) By Geraldinho Farias

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