quarta-feira, 24 de março de 2021

NÃO APRENDI DIZER "ADEUS"

"Então o rei comoveu-se, subiu ao quarto que estava por cima da porta e pôs-se a chorar. E enquanto ia, dizia assim: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Por que não morri em teu lugar? Absalão, meu filho, meu filho!" - 2 Samuel 18:33

Minha rede se tornou um "obituário", sobretudo por caros amigos vítimas de Covid19, ampliado pelas restrições de ritual e presença para manifestar pessoalmente solidariedade.

O luto é uma experiência recorrente - desde uma mudança de endereço, desemprego, fim de um relacionamento, adoecimento ou perda de alguém. Vivemos os impactos do luto de formas variadas. O ciclo da experiência é descrito:

1a Fase: Negação. Uma autodefesa: "Não pode ser. É mentira. Houve engano!"

2a Fase: Raiva. "Por que aconteceu isso comigo?" Revolta, culpa, ressentimento contra si, outros, até mesmo Deus.

3a Fase: Barganha. Tentativa de re-acomodação; o indivíduo "negocia" consigo e outros para retomar a vida. "Se acontecer isso, eu..."

4a Fase: Depressão. Choro frequente, desmotivação, e sintomas no sono, apetite etc. "É real, não tem como mudar!"

5a Fase: Aceitação. Fase de resolução do pesar. Compreensão melhor, disposta a encarar e se adaptar a falta ainda que sinta dor.

Cada um tem seu ritmo e forma de elaboração - não há um padrão. É essencial acompanhar o enlutado e estimular a livre manifestação de sua dor. (Arte: Gustavo Doré, 1866) Minhas orações. By Geraldinho Farias

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