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Ilustração de HR Daily Advisor |
São das páginas de Between Parent & Tennager (1969), do Dr. Haim Ginnott, que surge a expressão "Pai Helicóptero", quando um adolescente citado diz: “Minha mãe está como um helicóptero sobre mim”. Mais
comum e aparente que se imagina, há pais que exercem controle na primeira infância, não permitindo que a criança cresça e amadureça, cercando-as de cuidados exagerados. É a mãe que evita de todas as formas que o filho se machuque, que escolhe de forma exaustiva suas roupas, onde, como e com quem os filhos devem brincar. Ou o pai que forma rede de proteção detalhada com todos os cuidados possíveis e imagináveis para que os filhos não se frustrem, não se decepcionem e que tais.Mas, os tentáculos da superproteção podem avançar para além da primeira
fase. Pais monitoram ca-da pas-so de filhos adolescentes; os vigiam na ida e na
volta da escola; interferem na escolha e manutenção de amigos; é nesta etapa
que vemos abusivos excessos: Aquele menino que aos 8 anos usa o copo com tampa
de silicone ou a menina aos 10, andando de bike com as rodinhas de apoio...
A mamãe que virou a "mala da escolinha" na cobrança por
privilégios em pró do "Bbzura" na reunião de pais ou através do Whatsaap,
pode piorar na compulsão por sobrevoar a vida dos filhos. Poderá ascender à
juventude e até mesmo à fase adulta. Decidir pelos filhos as primeiras
experiências estudantis e profissionais. Escolher a carreira; encher de
pitacos; estar na ante-sala da entrevista de emprego desfilando seu controle
compulsivo...
Pais helicópteros estimulam o retrato cultural de nosso país, quando a
adolescência é esticada tornando-os jovens ainda dependentes dos pais aos 25,
30, 40 anos anos... Muito comum mães acompanharem seus “infantes” de 25 ou 30
anos ao médico, afinal, serão sempre seus “bebês”.
Os colaterais de uma relação super-protetora entre pais e filhos são
expostos em jovens inseguros, amedrontados, com timidez excessiva, intolerância
ao fracasso, inabilidade em assumir compromissos e responsabilidades, além de
dificuldades relacionais – na escola, no trabalho, em grupos ou nos espaços
públicos.
Ainda que os Helicópteros não percebam, as melhores intenções da
proteção são preparativos para desarmar, desencorajar e encolher o ímpeto que a
autonomia forma no caráter para o enfrentamento da vida.
Alguns pais vão além interferindo até na escolha do cônjuge (quando
permitem a aproximação dos|as candidatos|as) e além, impondo uma dependência
dos filhos casados ou mesmo interferindo na intimidade das famílias
descendentes. Não é incomum que noras ou genros se relacionem sob fricção e
curtos-circuitos dadas as intromissões e invasões que sofrem na conjugalidade.
Quando se trata da educação de nossos filhos é sempre bom atentar para a
proteção sim, mas a super-proteção soa como advertência conspirando contra a
necessária autonomia. Os cuidados que investimos não podem impedir de ser eles
mesmos. Aí algumas pistas são importantes:
Fazer com eles é diferente de fazer por eles. Dar recursos e ferramentas
para a superação de suas crises é melhor que sofrer por eles, impedindo-os de
amadurecer.
Estar presente na forma de demonstrar confiança, reforçar sua
autoestima, e encorajá-los ao enfrentamento, afinal, não estaremos sempre perto
em todas as horas críticas da vida!
Ensiná-los a se defenderem; ao relacionamento social com os diferentes;
a lidar com o que é comum e normal em nossas vidas: As dificuldades. A
maturidade forma pessoas melhores!
Podemos espiar, acompanhar de perto, usar as ferramentas mais ostensivas
e monitoramento como app de celulares, câmeras ou drones. Mas... Quase sempre
não apostar na maturidade e autonomia de nossos filhos reforçará uma geração de
adultos mimados, dependentes e encolhidos ante a vida. By Geraldinho Farias
Uma grande realidade nessa nova geração, são hiper protegido, amanhã sem saber se proteger, cadê papai,mamãe e o helicóptero e os drones.
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