Confira as 7
atitudes dos pais que impedirão seus filhos de se tornarem líderes:
1- Não deixar que as crianças vivam os riscos - A preocupação do "segurança em primeiro lugar" reforça o medo de perder os filhos, então os pais fazem tudo o que puderem para protegê-los. Sim, é o trabalho dos pais, mas o erro está em isolar as crianças de comportamentos de risco saudáveis. Psicólogos da Europa descobriram que as crianças que não brincam na rua e nunca têm, por exemplo, um joelho esfolado, apresentam fobias de adultos. Ou seja: elas precisam aprender que cair é normal. Se os pais removem os riscos de vida das crianças, provavelmente o mercado terá líderes com alta arrogância e baixa autoestima.
2- Salvar muito
rapidamente - Com pais que tendem a resolver os problemas de seus filhos
rapidamente, as crianças atuais não desenvolveram algumas habilidades
que eram comuns na infância de 30 anos atrás. Quando se tenta saciar
os filhos com "ajuda", está eliminada a necessidade de ultrapassar as
dificuldades e resolver os problemas por conta própria. Cedo ou tarde, eles se
acostumam que alguém sempre virá com o resgate. E o pior: entendem que se
falharem, um adulto resolverá tudo e removerá as consequências. Como isso não
está nem remotamente perto de como o mundo funciona, essa atitude desabilita as
crianças de se tornarem adultos competentes.
3- Elogiar com
muita facilidade - O movimento pela autoestima está presente desde que a
geração dos Baby Boomers era criança, mas criou raízes nos sistemas
escolares nos anos 80. O sistema de "todos são vencedores" pode fazer
as crianças se sentirem especiais, mas pesquisas indicam que o método tem
outras consequências. Eventualmente, as crianças observam que seus pais são os
únicos que pensam que elas são incríveis quando ninguém mais está dizendo o
mesmo. Assim, passam a duvidar da objetividade dos adultos. Elogiar muito
facilmente e ignorar o mau comportamento faz com que, de certa forma, os filhos
aprendam a enganar, mentir e exagerar para evitar a difícil realidade, sem
condicionamento para enfrentá-la.
4- Deixar a culpa
ficar no caminho da boa liderança - Os filhos não precisam amar aos pais
todos os minutos. Eles conseguirão superar as decepções, mas não poderão
superar os efeitos de serem mimados. Então, é preciso dizer "não" e
"não agora" e deixar com que eles aprendam a brigar pelo que
realmente valorizam e necessitam. A tendência dos pais, principalmente os que
têm mais de um filho, é optar por um sistema de recompensa, mas parece injusto
elogiar um e não o outro. No entanto, isso é irreal e acaba com a oportunidade
de fazer valer o ponto de que o sucesso depende de ações próprias e boas.
5- Não compartilhar
os próprios erros passados - Adolescentes saudáveis, em algum
momento, voarão com as próprias asas e tomarão suas próprias decisões. Como
adultos, é preciso deixar que isso aconteça, mas não significa que não se possa
ajudar a entender os caminhos. Compartilhar erros relevantes que tenham sido
cometidos na idade deles é de grande ajuda. Além disso, as crianças devem estar
preparadas para encontrar alterações inesperadas e encarar as consequências de
suas decisões. Os pais devem contar o que sentiram quando tiveram experiências
semelhantes, o que motivou suas ações e o resultado das lições aprendidas. Você
não é o único a influenciar seu filho, então, seja a melhor influência!
6- Confundir inteligência,
talento e influência com maturidade - A inteligência é frequentemente
usada como medida de maturidade na infância e, como resultado, os pais assumem
que uma criança inteligente está pronta para o mundo. Um exemplo que prova que
esse não é o caso são os atletas profissionais e estrelas de Hollywood que,
apesar do talento inimaginável, são pegos em situações de escândalo público. Só
porque a inteligência está presente em um aspecto da vida de um filho, os pais
não devem assumir que ela permeia todas as áreas da vida. É preciso observar o
desenvolvimento das crianças e analisar bem o nível de independência que elas
podem ter em cada fase.
7- Não agir de
acordo com o próprio discurso - Como os líderes da casa, é
imprescindível usar apenas palavras honestas - e não esquecer que as
mentirinhas acabam vindo à tona e estragam a imagem. Os pais devem observar a
si mesmos nas pequenas escolhas éticas que os outros possam perceber, porque os
filhos também vão notar. As atitudes são os melhores exemplos.
E como os pais podem se afastar desses comportamentos negativos? Tim Elmore dá algumas dicas:
1- Falar sobre as questões que você gostaria de ter sabido sobre a vida adulta.
2- Permitir que
eles tentem coisas que exijam mais e até mesmo deixá-los falhar.
3- Discutir as futuras consequências se eles falharem em certas áreas.
4- Ajudá-los a entender suas forças para os problemas do mundo real.
5- Fornecer projetos que requerem paciência para que eles aprendam a esperar
pela gratificação.
6- Ensiná-los que a vida é feita de escolhas e mudanças, e que eles não podem
fazer tudo.
7- Iniciar ou simular tarefas da vida adulta, como pagar contas ou fechar
negócios.
8- Apresentá-los a potenciais mentores de seu círculo profissional.
9- Ajudá-los a vislumbrar um futuro gratificante e, em seguida, discutir os
passos para chegar lá.
10- Celebrar o progresso que eles fizerem em direção à autonomia e à
responsabilidade.
(Kathy Caprino é
Coach de carreira e liderança, colaboradora da Forbes. Observando
comportamentos funcionais e disfuncionais, e influenciada pelo líder Tim
Elmore, escritor e fundador da “Growing Leaders” - organização que busca
empoderar jovens através da mentoria. Editado da Forbes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário