Ligados por uma
mesa, portanto, on line.
Conversando –
falando e ouvindo, no melhor sentido do que seja um bate-papo.
Rindo, ao invés
de “curtir”.
Tocando, ao invés
de teclando.
Não havia
limites. Não conversávamos ao limite de 140 caracteres, isto é, não tweetávamos, era um verdadeiro ninho...
Podíamos
expressar ao vivo e em cores. Não era uma timeline,
era a própria timelife! Nada melhor!
Banquete relacional, diferente das dietas, economias e evitações de verbos e expressões faciais.
Banquete relacional, diferente das dietas, economias e evitações de verbos e expressões faciais.
Não imaginávamos
apenas, experimentávamos, saboreávamos,...
A rede social não é rede afetiva ou espiritual.
Escolhí para
ilustrar estas alucinações a “Última Ceia”, de Leonardo Da Vinci. Pintada para
a igreja de seu protetor, o Duque Lodovico Sforza, em Milão. Representa a cena
da última ceia de Jesus com os apóstolos, antes de ser preso e crucificado,
baseada em Jo 13.21.
O autor assim a
descreve: Ao centro, Cristo é
representado com os braços abertos, o centro da composição, ladeado pelos
apóstolos em quatro grupos de três – numa perspectiva exata! Apesar de a cena
mostrar um ambiente de refeitório, é muito mais profundo e plural em sua
interpretação.
A mesa é a
ligação simbólica onde estão conectados. Simboliza o relacionamento de amizade
e fraternidade. Precisamos resgatar “a mesa” como conexão.
As mesas
familiares estão vazias – as pessoas, apartadas. As mesas de bate-papo entre
amigos idem. A conexão virtual assumiu esta suposta ligação. Pensemos em restaurar
a cena em tela. Ela admite até mesmo aqueles que, mesmo nela, em conexão
humana, estão off line, como no caso de Judas Iscariotes.
A obra de Da
Vinci data de 1495 a 1497. Apesar de um dos símbolos do Renascimento, é
atualíssima. Sofreu, ao longo dos séculos muitos ataques, especialmente na II
Guerra. A obra resiste. A mesa real resiste. E está sob sintomático ataque. Mas...
Está à nossa espera. Saudades de um tempo em que a mesa nos conectava... Voltemos à mesa. By Geraldinho Farias
Está à nossa espera. Saudades de um tempo em que a mesa nos conectava... Voltemos à mesa. By Geraldinho Farias
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