O popular episódio da oferta da Viúva Pobre (Marcos 12.41-44: "E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento") dá-nos importantes lições sobre espiritualidade:
1. Jesus olha nossa conduta. O texto diz que Jesus observava como as
pessoas se comportavam ante o gazofilácio – caixa para deposito, no
Templo: O que e como traziam para dedicação: (a) o povo... (b) muitos
ricos... (c) a viúva pobre... E avaliou o ritual: Daqueles que depositaram as
sobras; daquela que deu tudo o que tinha. Jesus observa nossas condutas,
pensamentos, sentimentos. E nos avalia: Somos aprovados ou reprovados em nossa
espiritualidade?
2. O episódio ensina que o “como fazemos” é tão importante como
"o que fazemos". Jesus está interessado na motivação do coração
de quem contribui, além da contribuição em si. Não é a quantidade da oferta,
mas a qualidade do ofertante. Jesus olhava sobre “como o povo lançava o
dinheiro”. Ricos traziam grandes quantias. Do que sobrava. Hoje em dia vemos
atônitos o festival de contribuições na TV e em cultos de igrejas tidas como
"evangélicas". Vale tudo: Carnê, cartão, cheque, leilão etc. O que
importa é arrecadar mais e sempre. Salta aos olhos o volume de dinheiro usado
para pagar programas de TV, manter mega-templos etc. Dinheiro, custe o que
custar: Parece-nos que vale tudo, mesmo!
Para Jesus não vale tudo. Vale a o coração grato. Chama a atenção o que
resta para a mulher sobreviver: Nada! Deu tudo porque vive por sua fé na
provisão do Todo-Poderoso. Quem dá tudo é porque se deu por inteiro(a)! Quem dá
a vida, não economiza em entregar os bens. Quem dá o maior, a vida, não tem
dificuldades de dar o menor, as coisas. A pobreza da viúva contrasta com a
arrogância dos escribas no episódio anterior, que exibiam o montante da
contribuição. Jogavam para a torcida. E faz lembrar Mt 5.22. Jesus
adverte que mais importante que a oferta, é o coração do ofertante. Primeiro
ele exige a reconciliação de quem está em conflito para depois aceitar a
oferta...
3. Os melhores e maiores investimentos são feitos por quem menos se espera. O texto diz que o personagem aprovado era (a) uma mulher – pessoas desvalorizadas na sociedade patriarcal e machista do 1º. Século - nem eram contadas; (b) viúva – desamparada, sozinha, mas crente; (c) pobre – materialmente sem condições: É dela que vem o mais qualificado gesto de gratidão e investimento. Ela deu 2 leptons, moedas de cobre, de pouquíssimo valor, denominada quadrante porque Marcos escreveu para um público gentílico = não judeus. Poderia ter oferecido parte, metade, mas entregou-as.
Julgamos aparentemente – é de quem menos se espera – de uma mulher, viúva e
pobre, que vem a aprovação de Jesus! Lembremos da igreja na Macedônia: “Também,
irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada as igrejas da macedônia; como
em muita prova de tribulação houve abundancia de sua alegria, e como de
sua profunda pobreza abundou em riquezas de sua generosidade.
Porque, segundo a sua condição e acima de suas condições, deram
voluntariamente... E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si
mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nos, pela vontade de Deus”
(II Co 8.1ss).
Apliquemos:
Jesus avalia nossas atitudes – ainda que o exterior nos impressione –
somos aprovados ou não pelo o que Ele vê em nosso interior.
Na espiritualidade o “como fazemos” é tão importante quanto “o que
fazemos”; por isso "Deus ama ao que dá com alegria.
O que restou – não apenas o que entregamos, diz muito sobre como nos
relacionamos, dependemos e confiamos em Deus
A entrega e disposição de nossos bens é um interessante indicativo sobre
o quanto nós nos consagramos a Deus. A viúva entregou sua confiança e descanso
no Autor da Vida. Diz-se com razão: "São nos menores fracos
que encontramos as melhores fragrâncias"...
(Nota: Vivemos tempos (ou templos?) contraditórios: Hoje os vendilhões
expulsaram Jesus do templo, afinal "templo é dinheiro"; ante a
coisificação religiosa não haveria espaço para a viúva pobre no
modelo capitalista de ser das religiões). By Geraldinho Farias
PARABÉNS LINDA MENSAGEM, APROVADO POR MIM UM CRITICO DE PLATÃO E RIGOROSO.VOCÊ UM HOMEM DE DEUS. DE QUEM MIM ORGULHO MUITO. FICA NA PAZ DO MESTRE. TENHA DIA LINDO NA PAZ DELE.
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