Comercial da rede de fast food KFC (2010) – Bouffant/Erik van
Wyk, é simplesmente tocante. O mote “O amor é para sempre” descreve involução
de um casal de velhinhos que rejuvenescem enquanto dançam juntos.
Nada nos confronta tanto quanto o tempo. O mantra “time never stops” (O tempo não para) nos inquieta.
As cenas são embaladas por "Your Song", arranjo de Elton Jonh e letra de Bernie
Taupin. Desde minha infância aprecio "Your Song". Há 1.ooo covers de “Your Song”, “canonizada” na voz e piano originais do músico inglês. Mas, não dispenso ouví-la pelo legendário Al Jarreau ou na rouquidão de Rod Stewart. Os mais jovens conhecem-na por um trecho cantado no musical Moulin Rouge.
Nada nos confronta tanto quanto o tempo. O mantra “time never stops” (O tempo não para) nos inquieta.
As cenas são embaladas por "Your Song", arranjo de Elton Jonh e letra de Bernie
Taupin. Desde minha infância aprecio "Your Song". Há 1.ooo covers de “Your Song”, “canonizada” na voz e piano originais do músico inglês. Mas, não dispenso ouví-la pelo legendário Al Jarreau ou na rouquidão de Rod Stewart. Os mais jovens conhecem-na por um trecho cantado no musical Moulin Rouge.
Na peça em tela, é Ellie Gouding – o
tom infantil coube na idéia do comercial. Ao final, a gatinha diz: “I´m
hungry!”
Por falar em fome (respondendo à pergunta dos Titãs), a nossa fome
mesmo, de verdade, é de encantar o tempo: Dar-lhe uma pausa ou até mesmo clicar
o REW, e voltar atrás, como no filme "O Curioso Caso de Bejamin
Button" de 2008. A indústria coméstica e estética, o photoshop
e as cirurgias plástica nos denunciam - nos desesperamos por não possuirmos mais as faces de meninos e meninas!
Por isso somos fixionados por
fotografia. A fotografia é uma tentativa de paralisar o tempo. Ver fotos é
auto-indução de deja vú. Nada como o
tempo para nos confrontar com nossa fragilidade e impotência. É muita pretensão ter nosso passado (cada vez mais recente) armazenado em mídias, dispositivos e HDs. A memória - não a cerebral, a da fibra optica - é acessível em cliques. Guardamos o passado no computador.Por não termos passado tal e qual nossos pais e avós - recordações amiúde, nas páginas impressas do álbum naqueles saudosos encontros em família para revermos os retratos, não sabemos o que o futuro nos reserva. Talvez o tempo célere, a sensação de que o tempo roda à mil, seja a consequência imediata. Ou, por abrirmos mão de armazenar nossas experiências na cachola não deveria nos surpreender com o (mal de) Alzheimer se impondo sobre a gente.
À margem das questões existencialistas e filosóficas, de fato, somos pequenos. O tempo nos confronta: Ao findar essa leitura, você terá envelhecido um tanto mais. By Geraldinho Farias
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