Um provável diagnóstico – evasivas-
de famílias que se recusam a crescer...
“A correria do dia-dia” – Dona
Correria talvez seja hoje a preferida. Dona Correria virou parte da família.
Está presente em quase todas as desculpas. Até parece que Dona Correria entrou
sem ser chamada, é algo do qual não se pode expulsar. Culpá-la é mais
confortável que assumir a desorganização e recusa em estabelecer prioridades.
Não é Dona Correria que nos faz sem tempo, mas nossa desorganização de tempo
que faz Dona uma intrusa no seio, no centro da família.
Síndrome da Grabriela: “Eu nasci
assim, eu crescí assim...”
A herança cultural é algo muito forte, confessemos. Herdamos a educação dos nossos pais e, com ela, maus hábitos, manias, vícios contra os quais parece que seria inútil confrontar, dialogar sobre. Parece que somos condenados a confirmar o “pau (casal) que nasce torto” e morrerá torto, sem saídas, sem alternativas. Será mesmo?
A herança cultural é algo muito forte, confessemos. Herdamos a educação dos nossos pais e, com ela, maus hábitos, manias, vícios contra os quais parece que seria inútil confrontar, dialogar sobre. Parece que somos condenados a confirmar o “pau (casal) que nasce torto” e morrerá torto, sem saídas, sem alternativas. Será mesmo?
Transferência de responsabililidade.
Casais que tercerizam a educação dos pimpolhos. Empurram aos avôs atividades
básicas. Outros fazem da casa dos pais uma agência bancária – empréstimos,
financiamentos, uso de cartão de crédito etc. Não dão um passo se não for
passo-a-quatro com eles, os sogros/pais. Vivem a prorrogar a saudável e
promotora do bem conjugal: “Dona Autonomia”. A vivência de enfrentamentos é via
saudável de amadurecimento. Adiar, andar por atalhos, pode parecer vantajoso,
mas na hora de um confronto a dois de verdade não causará surpresa a falta de
manejo...
Vida em bando - subexistem como
amigos. Não há papéis a serem exercidos. Na bagunça da casa conversas terminam
em xingamentos; falam ao mesmo tempo; competem no jogo do quem-grita-mais-alto;
banheiro, sala, cozinha mantém a linha da coerência: Tudo desarrumado! A
desordem denuncia a desintegração. “Onde deixei meus óculos?” “Onde está a
receita?” Casamentos cada vez mais precoces evidenciam a imaturidade de jovens
que não tem um mínimo de noção da vida.
“A gente vai conseguir. Estamos
tentando!”. Conflito conjugal pode ser superado pelo casal, sim. Mas, qual o
limite de tentativas que se prolongam sem reação? Brincar de esticar a corda
pode parecer heróico mas, dispensar uma mediação ou ajuda profissional
aprofunda o desgaste e diminui possiblidades de ajustes.“Já tentei muitas
vezes, tem jeito não”. Até poderá nos convencer a boa intenção. Se acabar, não
foi por falta de tentativas. Aí vem o “tentei muitas vezes”. Você pode tentar
muitas vezes... Errado! E isso camufla a intenção de acabar de fato.
(Participaram do encontro para casais? Do grupo de estudo sobre família? Foram
acompanhados por um mentor/conselheiro/psicoterapeuta?...)
“O problema se avolumou de tal forma
que...” Problemas não nascem gigantes. Não cresce da quarta para quinta. Uma
dívida não começa no milhão. Portanto, em qualquer estágio uma crise pode ser
remediada. O maior problema de uma crise não é seu tamanho, mas a indisposição
das partes de buscar soluções. Uma crise deve ser menor que a decisão de um
casal em superá-la.
“A culpa é dele(a)”. Se uma crise não
é causada/provocada por apenas uma das partes, pode ser no mínimo ampliada pelo
parceiro. Ou seja: Da interação das partes – diálogo, confissão, reparação –
virá um caminho de transposição de crises.
A gente já ouviu: "Quem quer, dá um jeito; quem não quer, dá uma desculpa!". Atenção, casais em crise: É hora
de virar o
jogo. By Geraldinho Farias
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