Chuvas torrenciais arrasaram a
Palestina no ano 31. O Mar da Galiléia havia transbordado, deixando milhares
desabrigados. Muitos judeus concluíram ser uma “praga” enviada por D´us contra
os samaritanos!
Os zelotes discutiam se não era
a hora de derrubar Herodes e retomar o domínio da Judéia.
Das províncias viam donativos
para socorrer as vítimas da catástrofe – a doação de sal do Mar Morto e muitas
túnicas velhas denunciavam que muitos aproveitavam as campanhas solidárias para
fazerem “bota-fora”.
Havia rede de mentiras sobre quem se saía melhor em socorrer o povo: Se César, Herodes ou os rabinos. Circulavam boatos, ações de uns atribuídas a outros, exageros para favorecer imagens de partidos e políticos.
Em meio ao drama a polarização
era escandalosa: Judeus sabotavam samaritanos, os romanos, aos judeus...
Mas nem tudo era o caos no Séc.
I: Jesus de Nazaré mandou Pedro, Tiago e João usarem seus barcos para
socorrerem vítimas. Judas ficou de divulgar o PIX – mesmo que não prestasse
contas da arrecadação...
Para Jesus todos deveriam ser
salvos, abrigados e supridos – judeus, gentios, samaritanos, de qualquer tribo
ou etnia, convicção religiosa, partido, orientação sexual... Sem exceção!
Mesmo presente e mobilizando, o
próprio Jesus foi alvo de críticas dos fariseus: “Por que não anda sobre as
águas e vem salvar vítimas? Esse filho de Carpinteiro quer ser mais que César?
Veio dos “cafundó” da Galileia, quem pensa que é?"
O Filho de Deus usar seus
poderes para acalmar tempestades seria fácil. O verdadeiro milagre - seja na
Palestina do Séc I ou no Rio Grande do Sul em 2024, seria viver Seus ensinos:
"Amai vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que
vos maltratam e vos perseguem".
"Amem-se uns aos
outros"
"Quem foi o próximo daquele
que foi vitimado pelas enchentes???”
*Rembrandt, 1633. O
transbordamento do Mar Tiberíades é ficção, já a insensibilidade humana... By
Geraldinho Farias
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