O docudrama “O Dilema das Redes” (Netflix, 2020) reúne ex-executivos do Vale do Silício (EUA) e uma família fictícia - presas do algoritmo, de forma didática sobre um tema complexo: A manipulação e controle das
redes sociais, a perda de qualidade de vida dos usuários compulsivos e como as grandes empresas de tecnologia lucram bilhões de dólares cooptando usuários.Mesmo que os distópicos “1984” (George Orwell, 1949), Admirável Mundo Novo
(Aldous Huxley,
1932) e o filme Matrix (1999), hajam previstos e descritos, é chocante o
quanto humanos não passam de consumidores e marionetes das big techs! Desde
como afetam a autoestima, padrões de condutas, o que, como, onde, quando e
quanto consumir! O Condicionamento Operante de Skinner em sua versão mais
fatalista...
Pontos positivos: A negligência de algumas plataformas na relação com
ditaduras; a conivência com as famigeradas Fake News – o escândalo da
manipulação de eleições mundo a dentro; a fomentação das polarizações (e seus
ódios retroalimentados) e como as big techs se valem da falta de regulamentação
sobre seus negócios e estratégias: A ausência de legislação fez crescer o
monstro inadestrável em que se tornaram os impérios digitais.
Pontos negativos: A eleição de um único vilão e o usuário como uma
ovelhinha refém. É reducionismo deixar de lado pais e responsáveis omissos,
educadores, governos... Parte do processo de iniciação cada vez mais precoce de
crianças.
E de que a manipulação das massas surgiu com Mark Zuckerberg... -
Marketing e pulicidade usam técnicas ousadas e nocivas há décadas. Google,
Face, Twitter ou Amazon apenas usam-na com mais precisão.
Facebook e Instagram não são serão os remédios para os colaterais
criados por eles mesmos. Mas Tristan Harris, Jaron Lanier, Shoshana Zuboff e
Cathy O’Neil convidam-nos a não nos desumanizar. E isso não é pouco. By Geraldinho
Farias
Nenhum comentário:
Postar um comentário