terça-feira, 22 de setembro de 2020

DILEMAS DA REDE

O docudrama “O Dilema das Redes” (Netflix, 2020) reúne ex-executivos do Vale do Silício (EUA) e uma família fictícia - presas do algoritmo, de forma didática sobre um tema complexo: A manipulação e controle das

redes sociais, a perda de qualidade de vida dos usuários compulsivos e como as grandes empresas de tecnologia lucram bilhões de dólares cooptando usuários.

Mesmo que os distópicos “1984” (George Orwell, 1949), Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley, 1932) e o filme Matrix (1999), hajam previstos e descritos, é chocante o quanto humanos não passam de consumidores e marionetes das big techs! Desde como afetam a autoestima, padrões de condutas, o que, como, onde, quando e quanto consumir! O Condicionamento Operante de Skinner em sua versão mais fatalista...

Pontos positivos: A negligência de algumas plataformas na relação com ditaduras; a conivência com as famigeradas Fake News – o escândalo da manipulação de eleições mundo a dentro; a fomentação das polarizações (e seus ódios retroalimentados) e como as big techs se valem da falta de regulamentação sobre seus negócios e estratégias: A ausência de legislação fez crescer o monstro inadestrável em que se tornaram os impérios digitais.

Pontos negativos: A eleição de um único vilão e o usuário como uma ovelhinha refém. É reducionismo deixar de lado pais e responsáveis omissos, educadores, governos... Parte do processo de iniciação cada vez mais precoce de crianças.

E de que a manipulação das massas surgiu com Mark Zuckerberg... - Marketing e pulicidade usam técnicas ousadas e nocivas há décadas. Google, Face, Twitter ou Amazon apenas usam-na com mais precisão.

Facebook e Instagram não são serão os remédios para os colaterais criados por eles mesmos. Mas Tristan Harris, Jaron Lanier, Shoshana Zuboff e Cathy O’Neil convidam-nos a não nos desumanizar. E isso não é pouco. By Geraldinho Farias

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