CORINGA

Sou do tempo das Histórias em Quadrinhos e o Coringa era apenas o inimigo do Batman. A 7ª Arte tem explorado os icônicos personagens DC Comics. Em tela, Coringa - o vilão mais popular e insano do Batman.

A pergunta recorrente é: Os produtos de arte – filmes, novelas, séries... Influenciam nossa sociedade ou... É reflexo dela???

O Coringa da minha infância era gênio, um vilão cheio de humor sádico desde que caiu num tanque químico que embranqueceu sua pele, esverdeou os cabelos e congelou seu sorriso. A partir de então, adotou o nome da carta de baralho.

O que me atraia era seu aspecto bizarro: Não possuía poderes como voar, tornar-se invisível etc; suas armas eram truques puerís: A flor de lapela que lançava ácido ou o "gás do riso" - tóxicos que, inalados, levavam as vítimas à paralisia, embranquecia a pele e esticava o riso.

Ao longo das décadas - e re-edições, o personagem piorou. Tornou-se um psicopata anárquico com todos os requintes, graduações, pós-graduações, doutoramento... Em crueldade! Será o reflexo de uma sociedade violenta em todos os níveis, e a DC Comics apenas atualiza-o à nossa realidade???

O tempo passou... E o Coringa de Joaquim Phoenix (EUA|Canadá, 2019), reduziu os jokers de Jack Nicholson (1989) e Heath Ledger (2008) a amadores, iniciantes e hiperativos na escola|escala de violência, além de tornar a coulrofobia - a fobia de palhaços insignificante, numa época em que abusadores, facínoras e criminosos atacam sem máscaras. By Geraldinho Farias

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