"ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE" - A BANALIZAÇÃO DOS VOTOS MATRIMONIAIS
A teatralidade e ostentação dos "casamentos-shows" na Idade Mídia têm banalizado os votos de matrimônio:
Discursos cênicos e comoventes, com imagens espetaculares sobre um "conto de fadas", abastecem redes sociais para, em seguida, se desfazer por motivos superáveis e cada vez mais cedo. A explosão de divórcios denuncia jovens despreparados para o altar, digo, buffet. Casais imaturos sob a indústria de entretenimento, em cerimônias hollywoodianas produzem descrédito no ritual dos votos "até que a morte os separe".Em tela o mega-casamento dos “popstores” do Mercado Gospel. Ela, vinda de
uma experiência de superação, cura de uma enfermidade, logo torna-se a Barbie
Evangélica, guru do segmento, alcançando cifras inacreditáveis no mercado
editorial – livros, CDs, DVDs,... Ele, pastor, após o casamento-show, alçado ao
estrelato do gospel.
Ambos, como um raio, tornaram-se “conselheiros conjugais” – vídeos
acessados aos milhões, seguidos por centenas de milhares, livros
best-sellers... O casamento dos sonhos virou um pesadelo 2 anos e meio dpeois,
divórcio à céu aberto e sob escândalos de A a Z; ele, denunciado por pedofilia
e detido. Ela, hoje, no 3º casamento.
No vídeo, aos 2 minutos: "Não existe a menor possibilidade de eu não
te amar; não existe a menor possibilidade de eu não te fazer
feliz". Ainda no Youtube, os votos cênicos, poéticos, tocantes do
casamento-show. Isso tem derretido a lendária e glamourosa credibilidade do
ritual dos votos de casamento.
Acrescente-se os divórcios dos “casais perfeitos”: Os
incensados cantores Leonardo Gonçalves e Daniela Araújo, o Ex-jogador Kaká e
Carol Celico – ambos já resolvidos em novos casamentos... E tantos outros.
A realidade conspira contra casais que se apresentam como ou são
nutridos pela imprensa, mercado e fãs como “vitrines”. Antes da morte, há
muitas circunstâncias que separam nubentes - muitos já declamaram os votos
"até que a morte nos separe", duas ou três vezes sem qualquer
constrangimento ou surto de coerência. Eis os tempos líquidos! By Geraldinho
Farias
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