![]() |
Cristo de S. João da Cruz Salvador Dalí, 1951. Glasgow, Scotland |
“E em nenhum outro
há salvação porque debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens
pelo qual devamos ser salvos” (At 4.8-12). Afirmação do apóstolo Pedro, detido
por pregar Jesus, em sua defesa perante as autoridades em Jerusalém.
Cristo deve ser proeminente
- o primeiro, o mais importante, em nossas vidas. Aquele que é buscado,
adorado, seguido fielmente; absolutamente nada deve concorrer ou conspirar
contra Seu Senhorio; absolutamente nenhum outro deve se interpor
(colocar-se no meio), entre nós e Ele porque somente Ele é o único Mediador (I
Tm 2.5).
Compartilho o real
significado do Cristo no Cristianismo naqueles três momentos solenes de
vivências históricas de uma Comunidade Cristã:
1)Natal – Jesus nasce numa manjedoura. A manjedoura, conforme nossa representação cultural está
sob as estrelas do céu e sobre o verde do campo. Está entre os anjos do céu, os pastores do campo e os magos que vieram visita-lo, presenteá-lo e adorá-lo. A manjedoura é o simbolismo de que Jesus nasce no centro, no meio.Seu nascimento é
decisivo para o Ocidente, porque divide-o entre o “antes” e o “depois” deste
evento. Estamos em 2016 após Seu nascimento, dC!
2)Páscoa – Na
celebração da Pessach, a festa que rememora a libertação dos hebreus do
cativeiro egípcio, marca o calvário do Cristo. Naquela semana Jesus partilha a
mesa. A mesa é o representativo cultural da comunhão. Ele parte o pão e
partilha o vinho em meio à seus amigos, discípulos. Jesus no meio da gente!
Todo o seu ministério Jesus está em volto do povo, dos amigos, no seio das
famílias – seja em refeições, em festejos, em discursos. Jesus participa das
bodas em Caná e do drama de Lázaro; Jesus se faz presente nas emoções da mais
extremas da vida. O desenvolvimento do ministério público é em meio às pessoas,
seja dentre as paredes da Sinagoga, seja no Templo, seja à beira-mar ou nas
ruas.
Jesus está no meio!
A Páscoa refere-se ao pão e ao vinho partilhado. Jesus é quem partilha, divide,
oferece, porque está no centro! (Recordo o quadro A Última Ceia de Leonardo Da
Vinci: A pintura medieval retrata o Mestre no ponto central...)
3)Morte – A
semana dramática do Cristo culmina na Cruz. A cruz é o representativo do lugar
em que Ele almeja estar em nossas vidas.
O julgamento de
Jesus coloca-o entre o povo e as autoridades. Depois, Ele desfila nas ruas
centrais da cidade de Jerusalém, o centro do globo (Ez 5.5).
Jesus sofre e é
crucificado em meio à dois ladrões. A cruz está entre o céu e a terra.
Aplicando:
Afirmações do Novo Testamento:
De acordo com a
Paulina (Fp 2.11), Ele é o Senhor! (Ele é “o” = artigo definido, singular;
“Senhor”, de Kurios = gr., único Dono).
De acordo com a
Joanina, Ele é o Verbo (1.1...), “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). Não
há outro caminho ou atalho: Somente Jesus nos leva a Deus!
De acordo com a
Petrina (I Pe 2.4-8), Ele é a pedra viva, a pedra angular, necessária para
sustentar nossas convicções. Não há outra: É Jesus!
Na narrativa do
Natal, a família de Jesus não encontrou lugar para que o Rei nascesse. Acontece
na vida de muitos: Jesus sequer nasceu... Não vive, não ocupa espaço em suas
vidas, não Reina. Jesus quer ser Ser proeminente, principal, central, número
1... Pense nisso! By Geraldinho Farias
Nenhum comentário:
Postar um comentário