segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A CENTRALIDADE DO CRISTO - UM SERMÃO

Cristo de S. João da Cruz
Salvador Dalí, 1951. Glasgow, Scotland

“E em nenhum outro há salvação porque debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4.8-12). Afirmação do apóstolo Pedro, detido por pregar Jesus, em sua defesa perante as autoridades em Jerusalém.

Cristo deve ser proeminente - o primeiro, o mais importante, em nossas vidas. Aquele que é buscado, adorado, seguido fielmente; absolutamente nada deve concorrer ou conspirar contra Seu Senhorio; absolutamente nenhum outro deve se interpor (colocar-se no meio), entre nós e Ele porque somente Ele é o único Mediador (I Tm 2.5).

Compartilho o real significado do Cristo no Cristianismo naqueles três momentos solenes de vivências históricas de uma Comunidade Cristã:

1)Natal – Jesus nasce numa manjedoura. A manjedoura, conforme nossa representação cultural está

sob as estrelas do céu e sobre o verde do campo. Está entre os anjos do céu, os pastores do campo e os magos que vieram visita-lo, presenteá-lo e adorá-lo. A manjedoura é o simbolismo de que Jesus nasce no centro, no meio.

Seu nascimento é decisivo para o Ocidente, porque divide-o entre o “antes” e o “depois” deste evento. Estamos em 2016 após Seu nascimento, dC!

2)Páscoa – Na celebração da Pessach, a festa que rememora a libertação dos hebreus do cativeiro egípcio, marca o calvário do Cristo. Naquela semana Jesus partilha a mesa. A mesa é o representativo cultural da comunhão. Ele parte o pão e partilha o vinho em meio à seus amigos, discípulos. Jesus no meio da gente! Todo o seu ministério Jesus está em volto do povo, dos amigos, no seio das famílias – seja em refeições, em festejos, em discursos. Jesus participa das bodas em Caná e do drama de Lázaro; Jesus se faz presente nas emoções da mais extremas da vida. O desenvolvimento do ministério público é em meio às pessoas, seja dentre as paredes da Sinagoga, seja no Templo, seja à beira-mar ou nas ruas.

Jesus está no meio! A Páscoa refere-se ao pão e ao vinho partilhado. Jesus é quem partilha, divide, oferece, porque está no centro! (Recordo o quadro A Última Ceia de Leonardo Da Vinci: A pintura medieval retrata o Mestre no ponto central...)

3)Morte – A semana dramática do Cristo culmina na Cruz. A cruz é o representativo do lugar em que Ele almeja estar em nossas vidas.

O julgamento de Jesus coloca-o entre o povo e as autoridades. Depois, Ele desfila nas ruas centrais da cidade de Jerusalém, o centro do globo (Ez 5.5).

Jesus sofre e é crucificado em meio à dois ladrões. A cruz está entre o céu e a terra.

Aplicando: Afirmações do Novo Testamento:

De acordo com a Paulina (Fp 2.11), Ele é o Senhor! (Ele é “o” = artigo definido, singular; “Senhor”, de Kurios = gr., único Dono).

De acordo com a Joanina, Ele é o Verbo (1.1...), “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). Não há outro caminho ou atalho: Somente Jesus nos leva a Deus!

De acordo com a Petrina (I Pe 2.4-8), Ele é a pedra viva, a pedra angular, necessária para sustentar nossas convicções. Não há outra: É Jesus!

Na narrativa do Natal, a família de Jesus não encontrou lugar para que o Rei nascesse. Acontece na vida de muitos: Jesus sequer nasceu... Não vive, não ocupa espaço em suas vidas, não Reina. Jesus quer ser Ser proeminente, principal, central, número 1... Pense nisso! By Geraldinho Farias

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