quinta-feira, 18 de junho de 2015

MULHERES QUE ABUSAM DOS MARIDOS

“Minha ficha caiu por causa de um pacote de hamburguers. Eu pedi ao meu marido para parar na loja pra comprar algumas coisas pro jantar. Quando ele chegou em casa, ele colocou as sacolas em cima da mesa e eu percebi que que ele tinha comprado um hambúrguer diferente do que eu normalmente compro.

“O que é isso?” – Perguntei.

“Hamburgers congelados” ele respondeu, meio confuso.

“Você não comprou o tipo correto”, eu disse.

“Não? Por que?” Ele respondeu com sua testa enrugada.

“Eu sempre compro hambúrguer feito com carne de primeira e este é de segunda”.

Ele sorriu e disse “Ah, é só isso? Eu pensei que eu tivesse acontecido algo grave...”

E foi assim que começou. Eu dei um sermão pra ele. Eu reclamei que ele não era inteligente. Por que ele não comprou o lanche melhor e mais saudável? Leu a embalagem? Não posso confiar? Eu também me indignei porque como poderia ele não notar nestes anos todos que eu sempre compro o hambúrguer de primeira? Será que ele nunca presta atenção em nada?

E enquanto ele ouvia minha indignação por causa do lanche, murmurando que não era um problema tão grande e que ele iria comprar o correto da próxima vez, eu vi seu rosto mudar de expressão, algo comum nos últimos anos. Uma mistura de desmoralização e resignação. Parecia com a cara que meu filho faz quando é corrigido. Pensei: “Por que eu estou fazendo isto? Eu não sou a mãe do meu marido!”

E eu subitamente me senti terrível. E envergonhada. Ele estava certo. Não era algo tão importante pra eu ficar tão irritada. E eu perdi a cabeça por causa de um pacote de hambúrguer que ele generosamente parou pra comprar assim como eu havia pedido. Envergonhada, eu apenas murmurei “Ah, terei que me virar com este hambúrguer mesmo”...

Ele parecia aliviado que a discussão tinha acabado e saiu da cozinha.

E então pensei honestamente sobre o que eu tinha acontecido. Algo que eu já tinha feito tantas outras vezes...

O “momento do hambúrguer” certamente não foi a primeira vez que eu dei uma bronca no meu marido por não fazer as coisas como eu acho que deveriam ser feitas.  Lembro-me de várias vezes que o critiquei por colocar algo no lugar errado ou esquecer alguma coisa e eu estava sempre ali pra jogar em sua cara seu erro.

Por que eu faço isso? Que benefício me traz sempre diminuir meu marido? O homem que eu recebi como meu parceiro por toda a vida toda. O pai dos meus filhos. O homem que eu quero ter ao meu lado pra sempre. Por que eu faço aquilo que muitas vezes as mulheres são acusadas de fazer: Tentar mudar o jeito que ele faz cada pequena coisa? Será que estou indo a algum lugar com isso?

Por que o meu jeito tem que ser o jeito certo e o jeito dele, o errado? Desde quando se tornou correto corrigi-lo e apontar cada coisa que ele faz que não é como eu gostaria?

E como isso o beneficia? Será que isso o faz pensar: “Uau, certamente eu sou sortudo dela me colocar na linha o tempo todo.” Eu duvido. Provavelmente ele acha que eu estou no pé dele sem motivo e o leva-o a se afastar.

Esses dias achei um caco de vidro no lixo. Perguntei o que haviaa acontecido. Ele me disse que quebrou um copo mas preferiu não me falar pois não queria que eu reclamasse por causa disso.

Depois achei um par de meias no lixo. Perguntei a ele o que havia acontecido. Ele me disse que tinha por acidente misturado meias brancas junto com a roupa colorida na máquina de lavar. Quando as viu manchadas, preferiu jogá-las do que me ouvir dizer pela centésima vez como separar as roupas...

Então chegamos a um ponto que ele achava mais fácil e menos estressante esconder coisas do que admitir que cometeu um pequeno erro. Que tipo de ambiente eu criei que o faz acreditar que ele não pode cometer erros?

E vamos dar uma olhada nestes “erros”. Um copo quebrado. Meias manchadas. Erros normais que qualquer um pode fazer.  Mas ele estava certo. Muitas vezes quando ele cometia um pequeno erro, eu passava um sermão de como as coisas deviam ser feitas. Ele sempre ouvia por um tempo e depois dizia: “Acho que essas coisas não são tão importantes pra mim.”

Agora eu entendo o que ele queria dizer: “Estas coisas que te deixam tão irritadas são pequenos detalhes, questão de opinião, preferência, e eu não vejo porque fazer uma guerra disso.” Mas eu interpretava como se ele não se importasse comigo ou se como ele não entendesse as coisas. No meu inconsciente eu achava que eu era que fazia as coisas funcionar em casa.

Comecei a observar minhas amigas e notar as coisas que elas reclamavam nos seus maridos e comecei a perceber que não estava sozinha. De alguma forma, muitas de nós acreditamos na mentira de que a esposa sempre sabe melhor e é o cérebro da casa.

É um estereotipo fácil de se acreditar. Olhe na mídia - Tvs, filmes, propagandas. Cheios de maridos bobões com esposas inteligentes. Eles não sabem cozinhar. Eles não conseguem cuidar das crianças. Se você pedir pra ele comprar duas coisas, ele vai voltar com duas, e uma delas estará errada: São todos iguais.

Constantes reclamações e murmurações fazem é crer que nós não os respeitamos. Nós não acreditamos que eles sejam inteligentes o suficiente. Já sabemos que farão besteiras. Se ele for um homem seguro, provavelmente ele vai se sentir ressentido. Se ele for inseguro, se sentirá insuficiente. E nenhuma destas respostas serão boas e benéficas pra vocês e nem pro casamento.

E quando penso em situações opostas, comigo errando, vejo que ele foi muito mais graciosos comigo porque ele não fica querendo me mudar em cada pequeno detalhe.

O ponto central em tudo isso é que eu escolhi este homem como meu marido. Ele não é meu empregado, empregado ou filho. Quando eu casei com ele não achava um estúpido. Ele não precisa ser repreendido por mim só porque eu não gosto do jeito que ele faz certas coisas.

Quando eu entendi isso, eu comecei a perceber suas qualidades. Ele é inteligente, ótimo com as pessoas e as crianças. Além disso, ele não me repreende cada vez que eu faço algo diferente dele pelo contrário, ele cede muitas vezes pro meu jeito de fazer as coisas. Estava focando só no negativo. E eu sei que não sou a única.

Se nós continuarmos a fazer nossos maridos se sentirem mal porque eles cometem erros ou não fazem as coisas exatamente como gostamos, é bem possível que eles parem de se envolver ou comecem a acreditar que eles são incapazes mesmo.

No meu caso, estou falando do meu companheiro de muitos anos. O mesmo que troca o pneu do meu carro na chuva, que cuida de mim quando estou doente, que ensinou nossos filhos a andar de bicicleta. O homem que sempre trabalhou duro pra proporcionar uma vida decente para nós.  E as vezes eu fico brava por causa de um prato fora do lugar.

Desde que percebi isto, estou mudando, e o clima aqui em casa melhorou muito. Estamos mais à vontade um com o outro jogamos no mesmo time, em vez de oponentes. Aprendi até a ver que o jeito dele de fazer as coisas é muitas vezes melhor que o meu.

São necessárias duas pessoas para que uma parceria aconteça. Nenhum está sempre certa e nenhum está sempre errado. E nem sempre veremos as coisas exatamente do mesmo jeito. Você não se torna melhor, ou mais inteligente, ou superior por apontar cada coisinha que não é como você queria. Amigas, lembrem-se, é apenas carne para hambúrguer!”

From: “Woman Realizes That She’s Been Accidentally Abusing Her Husband This Whole Time... Wow.” By Geraldinho Farias

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