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"Cracolândia", S. Paulo/SP |
Já
compartilhei alguns aspectos desta complexa cadeia de problemas
no artigo “Drogas: A III Guerra Mundial” neste endereço, onde aponto a necessidade de força-tarefa que envolva os mais variados profissionais no trato desta problemática e denuncio ambientes amadores formado por (verdadeiros heróis) voluntários despreparados.
no artigo “Drogas: A III Guerra Mundial” neste endereço, onde aponto a necessidade de força-tarefa que envolva os mais variados profissionais no trato desta problemática e denuncio ambientes amadores formado por (verdadeiros heróis) voluntários despreparados.
Qualquer
que seja a metodologia adotada por necessários religiosos nas chamadas clínicas
de recuperação ou “clínicas”, a adoção do processo de desintoxicação é
imprescindível. Isto envolve a participação profissional.
Aquí, algumas reflexões:
Nenhum
tratamento de DQ é absoluto, isto é, não há uma metodologia que resulte em 100%
de sucesso ou, não conte com reincidências. Não há uma fórmula que comporte
prazos – 6 meses, 1 ano... Conjunto de “iniciativas sagradas” que resulte em “a”
metodologia, “a” fórmula. Mas, dada a complexidade, a interdisciplinaridade no
investimento é vital.
O uso de
aconselhamento, orações, diálogos de apoio – também com familiares, são úteis e
reconhecemos o bem que promove. Mas não substituem a interdisciplinaridade. O papel
do psicólogo e do psiquiatra.
O
psicólogo possui formação para a elaboração mental. A escuta técnica, os manejos psíquicos
e demandas internas exigem tal orientação.
O
tratamento com o psiquiatra deve ser disponibilizado por período razoável. A desintoxicação através de medicação é parte
importante no tratamento que, associada à rede de apoio – aconselhamento,
oração, grupos de juda – integram estratégia lúcida, proativa e necessária.
Testes/exames de
saúde devem ser realizados. Estamos diante de uma problemática que
demanda um processo longo e envolve recaídas.
A
supervisão médica é essencial - síndrome
de abstinência tratada à medida que forem surgindo; náuseas com antieméticos;
insônia com sedativos leves; dores, com analgésicos. Por isso, a decisiva
supervisão deste profissional.
Não há
remédios comprovadamente específicos para a DQ. Todavia, algumas drogas são
usadas para aprimorar o funcionamento cognitivo e emocional e evitar recaídas,
como por exemplo os anticonvulsivantes; o topiramato (bloqueia as enzimas da
degradação da cocaína e crack, através de um mecanismo de aversão à droga);
antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos.
Relatos
sobre convertidos à religião e libertários do drama fazem parte do cenário. Mas
o aparente sucesso de iniciativas interessantes no seio da sociedade e que
envolvam comunidades terapêuticas formadas por ativistas do bem são admiráveis.
Mas, insuficientes por não considerarmos a integração de forças.
Estamos
diante de uma onça gigante e não de uma gatinha. A devastação promovida pelas
drogas exige elaboração de forças conjuntas. Essa é uma verdade que liberta.
By Geraldinho Farias
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