Case-se com alguém
que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou
que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche.
Case-se com alguém
que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar;
ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância,
quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe
se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se.
Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que